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Que tipo de candidato(a) você procura?



Olá, seja bem-vindo(a)! Meu nome é Júnio Braga, sou da Turma 2 de Embaixadores do Movimento Choice (2012) e também sou Mestre em Administração pela Universidade de Brasília (2020). Por muito tempo, trabalhei na área de Gestão de Pessoas, e gostaria de compartilhar com você uma experiência que me fez repensar a forma de Recrutamento e Seleção dentro das empresas. Espero que possa te ajudar nessa importante missão que todo(a) empreendedor(a) também passa – a escolha de um time.


Primeiramente, gostaria de agradecer por separar um pouco do seu tempo para ler esse texto! Coloco um resumo do meu currículo e meus contatos ao final, caso você queira bater um papo sobre essa ou outras experiências na área de gestão de pessoas.


Que tipo de candidato(a) você procura?


Essa é uma pergunta indispensável na hora de estruturar um processo de seleção e, a depender da estratégia utilizada, você pode ou não encontrar a resposta. Cabe ressaltar que podemos optar por diversas etapas e formas para compor a seleção de pessoal e, aqui, irei descrever uma experiência que tive com dinâmicas em processo seletivo.


Trabalhei em uma organização internacional onde tínhamos diversas vagas em aberto e uma das etapas desenhadas dentro do processo de seleção era a dinâmica em grupo. Os(as) candidatos(as) eram alocados(as) em turnos (manhã ou tarde), conforme sua disponibilidade e, nesse dia, eram realizadas três dinâmicas para cada turno.


Existiam equipes de seleção, compostas por 4 membros dessa organização, responsáveis por cada turma dos participantes, onde nos grupos três pessoas tinham o papel de avaliador e uma pessoa tinha o papel de facilitador(a) do processo seletivo.


No início da etapa, a equipe de seleção, composta pelos avaliadores e pelo(a) facilitador(a), fazia um pequeno storytelling da sua jornada na organização, expondo o porquê de trabalhar na instituição, com o intuito de envolver os(as) participantes e os(as) preparar para se apresentarem.


Durante as dinâmicas, os três avaliadores recebiam fichas e deveriam avaliar todos(as) os(as) candidatos(as). Levando em consideração a dificuldade de associar nomes e características que permitissem se recordar de todos(as), a equipe de seleção foi orientada a registrar algum aspecto ou elemento que facilitasse a recordação posterior daquele(a) candidato(a) na ficha de avaliação, como a cor da roupa, tamanho do cabelo, ou alguma coisa específica sobre a pessoa. Dessa forma, todo mundo tinha mais uma característica, além do nome, que poderia ajudar que a equipe de seleção lembrassem dos(as) candidatos(as) na hora da avaliação. O(a) facilitador(a) também ajudava em ambas as partes (identificação dos candidatos e candidatas + avaliação).


Após as duas primeiras dinâmicas, era realizado um intervalo, onde os participantes iam para o coffee break. Os avaliadores, junto com o(a) facilitador(a), começavam a separar os nomes dos participantes para a próxima dinâmica. Tal divisão tinha como objetivo reunir perfis semelhantes, por exemplo, as pessoas que estavam participando do processo que mais se “destacaram” seriam colocadas em um mesmo grupo para a última dinâmica. O mesmo acontecia com aquelas pessoas que menos se “destacaram” nas duas primeiras dinâmicas.


O resultado constatado foi que, em geral, os grupos com as pessoas que mais se destacaram muitas vezes não conseguiram chegar em um resultado satisfatório na última dinâmica, contando com muita discussão e pouco consenso entre o time. Já os grupos formados por aquelas pessoas que pouco se destacaram em um primeiro momento, apresentaram resultados muito satisfatórios, demonstrando interação e boa contribuição entre todo o time.


"Os grupos com as pessoas que mais se destacaram muitas vezes não conseguiram chegar em um resultado satisfatório na última dinâmica(...). Já os grupos formados por aquelas pessoas que pouco se destacaram em um primeiro momento apresentaram resultados muito satisfatórios."

Tal resultado era importante para gerar mais elementos para a equipe avaliadora compor sua análise sobre cada candidato(a), principalmente os que não tiveram muita visibilidade a princípio e elevaram sua performance ao final da terceira dinâmica.


A lógica da dinâmica descrita é interessante para trazer luz às diferentes formas de expressão, aos diferentes perfis pessoais e profissionais, bem como aos fenômenos grupais que podem atravessar o processo seletivo.


O resultado alcançado em nossa experiência permite perceber que, muitas vezes, um(a) bom(boa) candidato(a) passa despercebido(a) durante as dinâmicas, por questões diversas, mas que devem ser questionadas e levadas em consideração no ato da seleção, através de ferramentas e/ou abordagens que permitam a expressão de cada um em sua singularidade. Então, fica a dica na hora de pensar sobre os processos seletivos de sua organização.


Te convido a compartilhar nos comentários sobre a sua experiência com seleção de pessoas, tanto como participante ou avaliador(a)!


Júnio Braga cursa Especialização em Computação Aplicada na Educação pela Universidade de São Paulo e é Mestre em Administração na Universidade de Brasilia (UnB - 2020). Formado em Gestão Comercial pela Universidade Católica de Brasília (2010) e Administração pela Universidade de Brasília (2015), realizou intercâmbio na Universidade do Porto - Portugal (2014), onde estudou na Faculdade de Economia e Faculdade de Desporto e trabalhou na AIESEC no Porto e com a seleção de voleibol feminino. Tem experiência na área de Empreendedorismo, Gestão Esportiva, Gestão de Processos, Gestão Empresarial, Consultoria, Gestão Estratégica, TD&E, Marketing, Organização de Eventos, Recursos Humanos e Captação de Recursos. Atua na área de Negócios de Impacto Social no Movimento CHOICE desde 2012. Responsável pela organização e facilitação de eventos de formação de empresas de São Paulo (Artemísia e Fundação Estudar). Pesquisador de diversos grupos de pesquisa (Impacto, Aprendizagem e Inovação e Gesporte). Instrutor de cursos de formação, fundador do Projeto Vôlei Internacional, prestador de serviços de consultoria empresarial no IGESPORTE, na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE/USP e foi pesquisador no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - UnB (2017), na área da Multincubadora de Empresas. Tem interesse na área de Educação, Empreendedorismo e Gestão Esportiva.

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